Novidade

Brevemente, além de leres poderás ouvir os meus poemas e prosas recitados por mim e com fundo musical.

sábado, 14 de maio de 2016

Amor sem palavras

Já escrevi mil poemas de amor...
Tantas metáforas,
tantas palavras,
tantos versos que escrevi....
E hoje, fico sem saber,
o que mais poderei escrever,
Pois sinto que nunca sei dizer,
O quanto eu te amo,
e tudo o que sinto por ti.
Contigo sou feliz,
sinto tranquilidade,
sinto-me amado,
sinto-me pleno e em paz.
E num poema,
queria dizer-te tudo,
mas quase me sinto mudo,
Sinto-me incapaz,
esgotaram-se as palavras,
para escrever ou falar,
Resta-me, quando te chamo,
que percebas o quanto te amo,
apenas com o meu olhar.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Segredo Pequenino

Escuta.....
Vou contar-te um segredo,
um segredo pequenino,
dos que não se contam a ninguém....
Tu,
és o meu maior amor,
o melhor que a minha vida tem.

AMAR .....


Amar,
é como estar,
em estado de embriaguez.
É certeza,
na incerteza,
é a dúvida do talvez.
É um desejo,
de um beijo,
um ardor constante,
na boca do amante,
É ferida que não sara,
é quase doença rara,
que dói e que não cura,
É luz que ilumina,
a solidão escura.
Amar,
é como estar,
em estado de ansiedade,
e por muito que se queira,
não se encontra maneira,
de disfarçar a saudade,
por não haver um momento,
para tirar do pensamento,
o tanto querer alguém.
E nem o poeta mais hábil,
encontra a metáfora certa,
na sua total dimensão...
Porque amar,
não é descritível,
é a utopia possível,
na ambiguidade da razão.

O SEGREDO DO MEU OLHAR

Os meus olhos, não contam tudo,
deixam apenas ler uma parte de mim.
Porque o resto, que em mim existe,
são segredos de uma história triste,
um passado ao qual quero pôr fim.


Os meus olhos, escondem fantasmas,
dores que marcaram o meu viver.
Hoje, não sou aquilo que eu quis,
sou fruto das escolhas que fiz,
nas opções em que pude escolher.


Os meus olhos, são verdadeiros,
apenas omitem alguma verdade.
Guardam as lágrimas da dor,
mas vivem intensamente o amor,
e só já choram de felicidade.


Os meu olhos, são o meu espelho,
janela aberta sem paz e sem calma.
Com os meus olhos eu não minto,
mas há muito do que eu sinto
bem escondido na minha alma.


Os meus olhos, disfarçam o receio,
de quererem de novo sonhar.
Os erros, pecados, tanta bagagem,
histórias de uma longa viagem,
são o segredo do meu olhar.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

És o meu mundo


Procuro as palavras certas,
em frases curtas e abertas,
que possa aqui escrever,
na tentativa de te dizer,
o quanto te amo e te quero....
Não me basta ser sincero...
Contar-te o que vai em mim,
Este amar e querer assim....
este insatisfeito desejo,
de um abraço, de um beijo,
De rir com o teu sorriso,
tu bastas, no que eu preciso,
Contigo, sou mais capaz,
em ti, me encontro em paz,
em ti, me reinvento,
Ocupas o meu pensamento,
nos minutos de cada hora,
És o ontem, o amanhã, o agora.
És tudo o que sempre quis...
A mulher que me faz feliz,
que me faz acreditar,
A mulher que me sabe amar,
Como nunca ninguém me amou,
Por isso me entrego, me dou,
Neste apaixonado jeito,
sem reservas em meu peito,
Sentindo-me como criança,
sem medo e com esperança,
da vida que tem à frente,
esta loucura, contente,
de amar e ser amado,
e olhar apenas o passado,
como lições que aprendi,
para chegar até ti,
e amar-te desta maneira,
e ficar à tua beira,
para sempre agradecido,
por me teres permitido,
meu maior sonho realizar,
fizeste-me de novo sonhar,
Apaziguaste minha dor,
e agora, meu grande amor,
de hoje por diante,
quero ser o teu amante,
teu namorado, teu amigo,
quero ser tudo contigo,
E dizer-te a cada dia,
que és a minha alegria,
é só por ti que eu chamo,
quero dizer que te amo,
até não poder falar,
viverei para te amar,
Digo-te, bem do meu fundo,
meu amor, és o meu mundo.







NÓS

Eu, sem as tuas mãos no meu rosto,
daquele jeito que eu gosto,
fico sem saber o meu rumo,
ando ao acaso sem destino,
sou apenas como o fumo,
de chama que arde em desatino,
Sou de mim, uma metade,
sofrendo na intensa saudade,
que a outra metade me faz,
pois só contigo, na verdade
eu me encontro em paz.


Tu, que esperas pelos meus braços,
clamas meus beijos e abraços,
Afetos dum carinho silencioso,
o meu peito onde queres pernoitar,
o teu sorriso, tão precioso,
Apenas por me veres chegar.
Como se eu te enchesse a alma,
numa presença que acalma,
na voz que nada te diz,
o abraço seguro, que não espalma,
O ninho, onde te sentes feliz.


Nós, que nos queremos e amamos,
e só a dois nos completamos,
num extravasar dos sentidos,
da mais nobre cumplicidade,
dos momentos que são vividos,
em tão pura tranquilidade,
Onde tudo somos, de tudo falamos,
ou então calados, apenas ficamos,
como se não houvesse o  depois,
O importante é saber que voltamos,
a estar e a ser, apenas os dois.


Nós, dois seres, mas um só plural.
Nós, que nos atam e prendem afinal.
Apenas três letras com dois significados,
Que se ajustam ao que sentimos.
Um amor presente, com dois passados,
Um futuro que a dois construímos.
Um nós tão estranhamente improvável,
Um nós, inquietamente questionável,
Um nós, que não tem explicação.
Porque o mais belo, em nós, é louvável,
porque amar, é loucura sem razão.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Porta entreaberta

A porta estava entreaberta,
tu foste entrando, nem te vi entrar...
Era vazio o meu espaço,
mas tu, passo a passo,
num silêncio de um abraço,
ocupaste o teu lugar.
Tentei negar, a evidência,
Quis desculpar, com a ausência,
o que não queria aceitar....
Pensei que era carência,
mas ficou em permanência,
um constante duvidar.
Meu receio, eu confesso,
nem sei até se mereço,
o que tens para me dar.
Acentuou-se a saudade,
e agora sei na verdade,
já não vivo sem te amar.
A porta estava entreaberta,
entraste, ficaste, fizeste-me sorrir.
Quero agora fechar a porta,
pois já apenas me importa,
que tu não queiras sair.



segunda-feira, 11 de abril de 2016

Por amar assim.....

Confesso,
toda a minha entrega,
todo o meu querer,
todo o meu amor,
e depois....
vem a dor.
O silêncio amargo,
a distância ausente,
O corpo não sente,
fica tudo vazio....
Não choro, não rio...
Condeno-me,
por de novo me dar,
à arte de amar,
neste jeito de ser,
romântico incurável,
sabendo que sofrer,
é o mais provável.
E agora, ferido,
procuro um sentido,
uma razão em mim...
Não há nada a fazer...
É minha forma de ser,
Se tenho de sofrer,
que seja por amar assim.

domingo, 10 de abril de 2016

O MAIS CERTO DO QUE È INCERTO



Um acordar, um pensamento, um sorriso,
Um sabor doce do que é tão impreciso,
Uma certeza do que é tão questionável.......
A vontade, o tanto querer, o desejo,
de selar e abraçar a vida com um beijo,
mesmo que estranhamente improvável.



A consciência, crescente do que é finito,
a descoberta, recente, do que é bonito,
a sublimação de um puro sentimento.
A saudade, o receio, de um tempo escasso,
A noção que cada dia é um passo,
A importância de sentir cada momento.


É um amadurecer profundo da alma,
Uma palavra, uma voz que acalma,
Talvez um segredo que só Deus nos diz.
As lágrimas outrora derramadas,
poderão ser e abrir novas estradas,

que te levem onde possas ser feliz.


Nada é certo, nem seguro, nem constante,
O mais perto por vezes é mais distante,
E a quimera pode tão bem ser real.
A vida é assim, incerta, tão insegura,
Vive-se e luta-se numa eterna procura,
de tudo o que vem ter conosco afinal.


Serão escolhas, erradas, que fazemos?

São as lições com que no fundo aprendemos,
A viver e a escolher cada vez melhor.
Os supérfluos vão então sendo percebidos,
A percepção dos erros que foram cometidos,
A descoberta da essência do que é o amor.


Assim a vida e o tempo nos vai levando,
Com tudo o que nos tira, ou nos vai dando,
Por caminhos que nem pensávamos seguir.
Mas um dia, paramos, olhamos para trás,
e importante é perceber que ainda se é capaz,
de olhar para a frente com vontade de sorrir.

sábado, 9 de abril de 2016

Só tenho....

Só tenho o mar, meu amor, apenas o mar....
Mas que faço eu com o mar sem te ter a ti?
Sou como um barco à deriva e sem farol,
Sou como nuvem esquiva escondendo o sol,
Sou como poema inacabado que nunca escrevi.


Só tenho a memória, meu amor, apenas a memória.....
Mas que faço eu com a memória se não te vejo?
Sou como um álbum de boas recordações,
Sou um reviver constante de tantas emoções,
Sou um grito calado num corpo ardendo em desejo.


Só tenho o tempo, meu amor, apenas o tempo....
Mas que faço eu com o tempo em que não te tenho?
Sou como um rio que não sabe o seu caminho,
Sou como um pássaro que já não voa sozinho,
Sou como um inventor desprovido de engenho.


Só tenho a saudade, meu amor, apenas a saudade....
Mas que faço eu com a saudade sem te sentir?
Sou como boca calada sem saber falar,
Sou como lágrima chorada sem saber chorar,
Sou apenas um sorriso triste sem saber sorrir.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Amor sublime

Hoje, procurei com todas as palavras que aprendi,
escrever-te a frase mais bonita de amor,
aquela que dissesse totalmente,
o que na realidade eu sinto por ti,
e acabei por me sentir frustado,
triste, desiludido, vencido,
ao perceber que afinal,
nem as melhores metáforas de um poeta
conseguem por vezes descrever,
a verdadeira essência e beleza,
de um amor sublime.

terça-feira, 22 de março de 2016

O velho barco

Eu era como um barco atracado
tristemente preso no cais....
Que após tão longas viagens,
já não navegava mais.
Ali estava, balançando,
ao sabor da maré,
como quem embala nos braços
o sono de um bébé.
Talvez parado no tempo...
Talvez parado no espaço....
Conformado, cansado,
velho barco em sua fadiga,
poema de qualquer cantiga,
ou verso de um triste fado.
As cordas que me prendiam,
com nós dados a preceito,
as dores que me escondiam,
principios que em mim viviam
de dedicação e respeito.
Velho barco, velho sonho,
que nunca ousaste sonhar.
Porque as lágrimas que choravas,
eram águas em que navegavas,
diluídas num imenso mar.
Só a noite te entendia....
Em segredos contados ao luar....
Quando a água em prata refulgia,
 no teu ser se acendia,
um brilho que não podia brilhar.
Até que um dia um raio de sol,
entrou suavemente em teu convés,
e na luz que te inundava,
te mostrou lentamente,
o barco que ainda és.
Como um anjo tão desejado,
vindo em palavras e em voz,
como se tivesse sido ensinado
a desatar todos os teus nós.
Soltou-te e deu-te nova vida,
desejos de novas viagens,
vontades de correr mundo
ir pelo mar mais profundo
em busca de novas paragens.
Velho barco, barco novo,
como é bom ver-te navegar....
Hoje no cais que te deu guarida,
ficou um adeus de despedida,
infindáveis histórias por contar.
Vai barco, leva-me contigo....
Navegando em ti deixa-me sonhar...
Porque é cedo, meu amigo,
e até um barco antigo,
reparado com amor e carinho
pode sempre navegar.

segunda-feira, 21 de março de 2016

INCOMPLETA METADE

Não tenho os teus braços para sentir o teu abraço....
Não tenho os teus lábios para sentir o teu beijo....
E quando não te tenho, dentro do meu espaço,
eu não sei o que faço, para calar o desejo.

Não tenho o teu sorriso para me fazer sorrir....
Não tenho as tuas mãos para acariciar meu rosto...
E quando não te tenho, eu não consigo fingir,
que não te poder sentir, é para mim um desgosto.

Não tenho o teu corpo para poder acarinhar...
Não tenho a tua voz para ficar te escutando...
E quando não te tenho, eu nem sei que falar,
tudo parece faltar, na saudade que vai matando.

Não tenho o teu olhar onde me gosto de ver...
Não tenho a tua alma para eu ser verdade...
E quando não te tenho, eu já não sei viver,
e apenas consigo ser, uma incompleta metade.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Desejo intemporal....

Ontem, no meu passado,
o meu presente, não tinha futuro....
Hoje, no meu presente,
o meu futuro já não tem passado...
Amanhã, no meu futuro,
quero que sejas o meu presente,
quero-te apenas eternamente,
intemporalmente a meu lado.

Quero

Quero !
Quero ficar apenas no silêncio dos teus braços,
acalmar a inquietude saudosa do meu sentir,
e deitado em tua cama deixar-te adormecer em mim....
Quero !
Quero ver-te serena e tão calma em meus abraços,
e ficar deliciado vendo o teu corpo a dormir,
e desejar que a noite a teu lado nunca tenha fim....

Quero !
Quero beijar-te e ficar colado nos teus lábios quentes,
como rosas de fogo ardendo em terna paixão,
e beber-te a saliva como seiva do teu mais lindo ser.
Quero !
Quero gritar-te as palavras de amor que são urgentes,
porque não se aguentam já caladas no coração,
e clamam a tua presença no meu solitário viver.

Quero !
Quero colar nossos corpos escondidos num lençol,
para sermos a soma do todo de duas metades,
e assim fazermos eterna a noite que é tão passageira.
Quero !
Quero acordar ao teu lado e ver-te a ser o meu sol,
e perceber que somos apenas duas verdades,
que o destino juntou para sermos uma vida inteira.



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O nosso amor.....

O nosso amor, não tem casa,
tem o espaço infinito,
onde vive e cresce
dentro de nosso coração.
O nosso amor é vadio,
anda solto na distância
vagueando no tempo,
nas ruas da emoção.
O nosso amor, é tão estranho,
que só dá para sentir,
neste viver improvável,
da ínfima possibilidade.
O nosso amor, é tão louco,
que quebra regras e leis,
e transforma uma quimera,
e afirma-se realidade.
O nosso amor, é um ser,
é um estar, é um viver,
cumplicidade de almas,
em perfeita compreensão.
O nosso amor, é harmonia,
elevando o sentido da vida,
da própria existência,
à plena satisfação.
O nosso amor, é o que é,
é a noite, é o dia,
é o sol e é a lua,
é a constante ambiguidade.
O nosso amor, é o tal,
que já todos desejaram,
mas apenas nós sabemos,
o que é vivê-lo de verdade.
O nosso amor, será eterno,
porque é simples e sereno,
feito de pequenos nadas,
do prazer de cada momento.
O nosso amor, é único,
e se não viver na rua,
viverá escondido do mundo,
dentro do nosso pensamento.



sábado, 13 de fevereiro de 2016

Quero ler-te este poema....

Quero ler-te este poema....
Quero-te encostada ao meu peito,
e eu baixinho lendo para ti.
Porque tu assim, desse jeito,
fazes-me sentir o que jamais senti.
Como se as palavras caladas,
que tantas vezes não digo,
Andassem em ti navegadas,
meu seguro porto de abrigo.
Como se o tempo parasse,
para te ter um momento,
E o meu corpo respirasse,
o meu mais puro sentimento.

Quero ler-te este poema....
Quero dizer quanto te amo,
lendo-te desta maneira,
Pois é por ti que eu chamo,
que eu quero, a vida inteira.
Porque só tu me dás a paz,
que eu tanto preciso em mim,
Só a tua presença me traz,
A felicidade de estar assim.
Ao sentir-te em meus braços,
neste perfeito aconchego.
Ficando sem ouvir os passos,
pois já não parto, só chego.

Quero ler-te este poema...
Deixa-me nesse corpo quente,
eu colar este corpo meu.
Porque a alma não mente,
se a minha pele até tremeu.
Assim invento um universo,
onde serás meu paraíso.
Serás a rima de cada verso,
será eterno o meu sorriso.
E escrevendo eu me treino,
na arte de te amar tão minha.
Onde eu ergo o nosso reino,
E eu serei rei e tu rainha.

Quero ler-te este poema...
Quero falar-te deste amor,
da imensidão do que eu sinto.
Só tu me tiras essa dor,
de viver num corpo em que minto.
Talvez sejas o meu pecado,
pois és tanto o meu prazer.
Quero ser eu condenado,
a pecar sempre em meu viver.
Porque me pareces mentira,
custa-me crer nesta verdade.
Tu és o sonho que me tira
a noção da realidade.

Quero ler-te este poema...
Quero que graves a minha voz,
a ler assim, calmamente.
E que te recordes de nós,
deste momento, eternamente.
Pois não sei o tempo que tenho,
se posso ficar a teu lado.
Mas este amor sem tamanho,
nunca em mim será passado.
Serás o sonho mais bonito,
que o destino me ofereceu.
Desencontros de tempo infinito,
que nenhum de nós escolheu.

Quero ler-te este poema...
Olha-me, quero o teu olhar....
Entra dentro da minha alma.
Só ela te pode contar,
como a tua presença me acalma.
Olha-me bem no meu rosto,
tenta ler o meu coração.
Estar assim, é o que mais gosto,
és a minha mais nobre emoção.
Percebes como te chamo???
Entendes como te desejo???
Se entendes então como te amo,
dá-me o teu mais terno beijo.



domingo, 7 de fevereiro de 2016

O NOSSO FADO.....


Pequenos pormenores,
pequenos detalhes,
Sensações, sabores,...
olhares, amores,
como delicados entalhes,
esculpidos a preceito,
que a vida ensina,
que a vida nos traz,
e nos enche o peito,
nos acalma, em paz.
E nos diz que a espera,
nem sempre é vã....
Porque a vida, mesmo austera,
guarda sempre surpresa,
num qualquer amanhã.
Um afago na dor,
Um beijo no sofrimento,
Um suspiro de amor,
um abraço, um momento....
Que nos faz esquecer,
o passado sofrido,
e ainda mais querer,
mais um dia viver,
o que não está vivido.
Porque tudo está escrito,
nesse livro, nosso fado,
nosso traçado destino,
dos infortúnios ou sorte,
E que o corpo cansado,
saiba viver calmamente,
o reservado para a gente,
até nos calar a morte.
Podermos então partir,
a chorar, ou a sorrir,
numa despedida serena,
mas acima de tudo sentir,
que nada foi ao acaso,
e que tudo valeu a pena.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Pequeno poema de amor

Não te posso dar jóias,
nem sonhos dourados,
não te posso dar luxos,
presentes sofisticados,
Só te posso dar beijos,
e abraços apertados,
só te posso dar carinho,
e amar-te com emoção,
mas o melhor que te posso dar,
é este terno cantinho,
onde viverás para sempre,
aqui no meu coração.

Adeus, passado.

Que me deixem ser livre, que me deixem gritar,
que me deixem voar nas asas da minha razão.
A esse homem que eu fui, eu já não quero voltar,
Quero pegar nos meus sonhos, e de novo sonhar,
conquistar horizontes da minha imaginação.

Já não quero estar preso, num viver tão cinzento,
quero libertar em mim esta vontade louca de ser.
Esse homem triste, tão calado, em sofrimento,
ficará escondido, guardado no pensamento,
porque agora outro homem, em mim quer viver.

Não me façam perguntas, desta minha mudança,
o que me diz respeito, só a mim me importa.
Vivi tempestades, hoje eu vivo a bonança,
encontrei de novo em mim a esperança,
pois duma janela fechada eu abri uma porta.

Há coisas estranhas que o destino nos traz,
Há até improváveis que se tornam verdades.
Por isso de nada serve eu ficar olhando pra trás,
se no fundo eu apenas tenho de ser capaz,
de definir em mim as minhas ambiguidades.

Foram tantos os anos em minha vida sofridos,
desejos silenciados duma espera da morte.
Do passado fico apenas com os filhos paridos,
e com as boas lembranças de momentos vividos,
parto pró resto da vida, buscando outra sorte.

E se porventura no futuro eu chorar novamente,
que essas lágrimas sejam da mais pura alegria.
Porque há pessoas que entram na vida da gente,
que nos lêem a alma, e transformam a mente,
e conseguem em nós uma verdadeira magia.

Estou de malas feitas,  já posso então partir.
Despeço-me do passado, do homem que fui outrora.
Existem novos caminhos que eu quero seguir,
e se eu tiver de morrer, então que seja a sorrir,
porque não mais deixarei de ser quem sou agora.

Um simples olhar

É impossível, meu amor, eu esquecer,
o que naquele dia eu vi em teu olhar...
Foi de repente, totalmente, conhecer,
a mulher linda que eu estou a amar.

As palavras jamais dirão o que disseste,
olhando para mim daquela maneira.
Pois nada falaste, e nada fizeste,
mas eu nunca te tive tão inteira.

A ternura e o carinho que eu senti,
nunca me tinha sentido tão desejado.
Em simultâneo no teu olhar eu vi,
a paz tranquila que tanto tens procurado.

Foi como se entrasses bem dentro de mim,
no fundo da alma, no meu profundo ser.
Foi como se esta vida não tivesse fim,
por tanto querermos este amor viver.

Apesar da tua boca nunca dizer que me ama,
mas diz gosto de ti, ou então diz que me adora.
Há dentro de ti algo que eu sei que me chama,
e detesta o momento em que me vou embora.

Esse olhar contou o que não querias contar,
e uma pergunta eu li nesse olhar também.
Porque tu querias perceber e saber explicar,
porque é que ao meu lado te sentes tão bem.

Por muito que eu viva jamais esquecerei,
aquele olhar no teu rosto e a tua expressão.
Posso não saber mais nada, mas uma coisa eu sei,
viverás para sempre dentro do meu coração.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O beijo que sacia o desejo

Um beijo, em teus lábios, suavemente,
e depois percorro beijando o teu rosto.
Tranquilo, calmamente,
tomando-lhe o gosto.
Desvio então teu cabelo,
e ternamente te beijo a orelha,
e segredo-te, baixinho,
com palavras de carinho,
que te quero, que te desejo,
e já não chega um beijo,
para eu me satisfazer.
Depois beijo-te o pescoço,
sinto o cheiro da tua pele,
e o meu corpo, no teu eu roço,
e há algo que me impele,
numa louca excitação,
de descer um pouco mais.
Beijo-te os ombros,
minha adorada musa,
e já sem controle
as minhas mãos te despem a blusa.
Beijo-te os braços, dos abraços,
beijo-te as mãos.
Beijo teu ventre, tão doce,
e beijo-te como se fosse,
os últimos beijos que dou.
Depois subo, e sem protesto,
eu tiro-te o resto,
que cobre os teus seios.
Então aí, mil devaneios,
me fazem ficar,
lamber, mordiscar,
apreciando o momento...
Depois desço, novamente,
e sinto-te mais ofegante,
quando minha boca de amante,
te continua a beijar.
Depois páro. Olho teu corpo.
E eu deliro ao ver
como tão linda tu és.
E então, beijo-te os pés,
devagar, com preceito,
naquele louco meu jeito,
de ter prazer a beijar-te.
E beijando-te,
a amar-te,
subo até aos joelhos...
E beijo, beijo mais,
vou beijando mais para cima,
e sinto-te a ficar tão louca,
quando então a minha boca,
te beija onde teu corpo quer...
Eu sinto-te a ficar minha....
Eu sinto-te a ser mulher....
Delicio, em meu prazer,
no prazer que estou a dar-te...
É beijar, é lamber,
é simplesmente amar-te.
E tu sentes como eu gosto,
pela minha excitação...
E depois, num gemido,
o teu corpo já vencido,
rebenta numa explosão.
E eu sorrio, satisfeito,
por esse momento perfeito,
de tão pura emoção.
Olho-te, estás sorrindo,
num olhar tão meigo para mim.
Dou-te um beijo na boca,
deito-me em cima de ti.
E aí, fico mais louco,
e pouco a pouco,
meu corpo entra no teu.
E tu beijas-me com paixão,
nessa tão terna fusão,
de dois seres em complemento...
É tão lindo, o momento,
essa loucura a dois,
que nem interessa o depois,
se amanhã vem a dor....
Ficamos, amamos, dessa maneira,
fazendo amor a noite inteira,
saciando o nosso amor.




Onde está o meu amor?

Onde está o meu amor?
Que eu procuro e não o vejo....
Está lá longe, atrás do mar,
e eu aqui a esperar,
para matar meu desejo.

Onde está o meu amor?
Essa mulher tão querida....
Está para lá dum oceano,
e eu aqui tão insano,
à espera da minha vida.

Onde está o meu amor?
Esse ser tão fascinante....
Está lá noutro continente,
e eu aqui descontente,
pois não a quero distante.

Onde está o meu amor?
Que eu só oiço sua voz....
Está tão longe, noutro país,
e eu aqui infeliz,
estou sempre a pensar em nós.

Onde está o meu amor?
Essa mulher tão incrível.....
Está do outro lado do mundo,
mas eu sinto bem no fundo,
que nada é impossível.

Onde está o meu amor?
Essa luz que me alumia....
Está lá longe numa aventura,
e eu à espera da ternura,
que me dá tanta alegria.

Onde está o meu amor?
Que eu não a vejo voltar....
Está tão longe, é bem certo,
mas eu sinto-a aqui tão perto,
e não páro de a amar.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Outrora....

Outrora, o meu tempo não era tempo,
era tempo que sobrava, ao tempo do meu viver.
Agora, o tempo, parece tão pouco,
e sem tempo fico tão louco,
no tempo que estou sem te ver.

Outrora, o meu sorriso já não sorria,
era um riso fingido, sem vontade de sorrir.
Agora, sorrio sem dar por isso,
sorrindo pareço nem ter juízo,
e rio por tudo o que estou a sentir.

Outrora, o meu olhar já nada via,
era um olhar tão vazio, era um ver tão triste.
Agora, vejo em mim este olhar,
e os meus olhos não deixam de brilhar,
por um amor que em mim existe.

Outrora, os sonhos já nem sonhavam,
era um sonhar a medo, sonhar escondido.
Agora, eu sonho até acordado,
sonhando ter-te a meu lado,
e de sonhos eu tenho vivido.

Outrora, eu amava sem ser amado.
era um amor que eu dava, e amor não recebi.
Agora, ando de amor tão faminto,
mas é tanto o amor que eu sinto,
quando apenas dizes, gosto de ti.




Amor arte, assim é amar-te....

São milhares de palavras que te escrevo, que te digo,
são tantos os poemas que falam deste grande amor.
Porque escrever e dizer, é como se fosse um castigo,
de te querer tanto, mas não poder sentir o teu calor.

E por muito que escreva e que diga, parece pouco,
para te fazer entender tudo aquilo que eu sinto.
Por vezes, achar-me-ás até um homem louco,
mas acredita, que em nada, mesmo nada, eu te minto.

É que o meu peito está tão cheio, pleno de emoções.
E o meu pensamento não consegue desligar-se de ti.
Porque tu me trazes as mais lindas e puras sensações,
os sentimentos mais nobres que algum dia eu senti.

É que até a vida se tornou bem mais interessante,
e o futuro tornou-se o espaço dos meus desejos.
Redefini em mim o conceito da palavra amante,
e percebi o amor na ausência de abraços e beijos.

Porque afinal o amor é um estado de alma em lucidez,
no encontro de dois seres numa simbiose perfeita.
E no improvável se levantam então mil porquês,
num racional que questiona, e o emocional aceita.

Mas confunde o espirito essa desejada aceitação.
Na ambiguidade entre a loucura e um forçado juízo.
Mas como se pode contrariar e negar ao coração,
tudo aquilo que afinal nos põe no rosto um sorriso.

É um ser e um não ser, quer em tudo, quer em nada,
É um deixar cada dia levar-nos para longe do passado.
É um querer caminhar sempre com o outro de mão dada,
e até o mundo é mais lindo com esse amor sempre ao lado.

É um voltar atrás no conceito pela vida desacreditado,
e parecer ser possível a plenitude desse amor numa cabana.
Porque tudo o resto nos parece poder ser dispensado,
para ficar vivendo apenas essa certeza tão insana.

Tal como os loucos vivem tão felizes na sua loucura,
e se julgam a si mesmos os donos da verdadeira razão.
Também os amantes abstractos e envoltos num véu de ternura,
se deixam conduzir pela vida nos sabores da emoção.

É por tudo isso meu amor, que não me cansarei de dizer,
que aprecio este amor como a mais bela obra de arte.
Invadiste o meu corpo, o meu sangue, todo o meu viver,
e a vida renasceu para mim, ao conhecer-te, ao amar-te.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Em delírio....

O sol, foi-se embora, triste por não te ver.
A lua, perguntou por ti, mas não quer voltar.
As rosas do meu jardim estão a morrer,
Os pássaros que cantavam, estão a chorar.

O riacho de água pura lentamente secou,
deixou de correr a água límpida na fonte.
O trovador cantando meus poemas já se calou,
e o pintor não mais pintou um horizonte.

As estrelas esconderam-se no firmamento,
Os poetas queimaram os livros de poesia.
As árvores despiram-se ao sabor do vento,
E até a noite nunca mais voltou a ser dia.

As gaivotas já não voam mais sobre o mar,
nos campos já não se encontram borboletas.
As aves, que migravam, acabaram por ficar,
as paisagens ficaram tristes, cinzentas, obsoletas.

A criança que brincava, não mais sorriu,
Os perfumes deixaram de cheirar a flores.
O comboio, na estação, parado, não partiu,
os amantes repudiaram os seus amores.

E quando a vida parecia quase desaparecer,
e até o mundo parecia chegar ao fim.
Pensando em ti, comecei então a perceber
que a causa era essa tua ausência em mim.

Porque só tu me fazes ter um sorriso.
Tu és a vida, és o amor, és a minha luz.
Tu simplesmente, és tudo o que mais preciso,
és a mão que seguro e pela vida me conduz.

Quero voltar a ter de novo em ti o meu espaço,
os teus beijos, o teu carinho, quando eu chego.
Quero calar-me e enroscar-me no teu abraço,
pois só sou feliz dentro do teu aconchego.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Minha Rainha

Este poema, é o meu grito!
É penitência aos meus pecados!
Sou eu, em oração, aflito,
pedindo ao meu Deus Bendito,
que não nos deixe tão afastados.

Já antes, eu estendia meus braços,
e não te conseguia abraçar.
Agora, mesmo que dê mil passos,
eles serão sempre escassos,
para te poder alcançar.

O meu corpo está tão doente,
o meu cérebro parece insano.
Como posso ficar contente,
se afinal entre a gente,
existe um longo oceano....

Quando me apetece, não te vejo,
não te tenho quando te quero.
Não sei esconder meu desejo,
de voltar a ter o teu beijo,
enquanto aqui eu te espero.

É como se sem ouvir tua voz,
o mundo inteiro se calasse.
Ai que silêncio tão atroz,
como se uma parte de nós,
partisse e não mais voltasse.

Quero calar esta solidão,
e voltar a sentir-te minha.
Tu és o que me dás razão,
és dona de meu coração,
e da vida a minha rainha.

Tu és...

Tu que eras a minha flor,
és hoje todo o meu jardim.
Tu és o meu grande amor,
tu és tudo para mim.

Tu és a pura felicidade,
que me faz ser doutro jeito.
Tu és a dolorosa saudade,
que corrói dentro do peito.

Tu és a linda fantasia,
que um dia ousei sonhar.
Tu és a maior alegria,
Que Deus me poderia dar.

Tu és a mulher mais querida,
que algum dia conheci.
Tu és o sol da minha vida,
na tua luz eu renasci.

Tu és tudo o que eu sonhei,
mais do que sempre quis.
Tu és o que eu tanto desejei,
só tu me fazes tão feliz.

Tu és nessa tua ausência,
a minha dor o meu tormento.
Tu és a força da paciência,
que alimenta meu pensamento.

Tu és a mais incrível mulher,
sorte a minha por encontrar-te.
Tu és tudo o que meu corpo quer,
viverei apenas para amar-te.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O que tenho.... sem te ter....

Tenho os meus olhos no horizonte perdidos,
na espera tão saudosa de te ver voltar.
Tenho os meus braços no céu estendidos,
na vontade tão louca de te poder abraçar.
Tenho os meus lábios já secos e feridos,
sedentos que os teus me venham beijar.
Tenho a minha voz em gritos escondidos,
quando só já o teu nome eu consigo falar.
Tenho as minhas mãos em gestos esquecidos,
procurando na noite tuas mãos segurar.
Tenho os meus dedos cansados doridos,
esperando a tua pele suave para poder tocar.
Tenho o silêncio calado nos meus ouvidos,
quando a tua voz eu não consigo escutar.
Tenho os meus passos tão indefinidos,
sem saber o caminho para até ti chegar.
Tenho o meu corpo aguardando em gemidos,
o prazer que só o teu corpo me sabe dar.
Tenho o pensamento em desejos vencidos,
por apenas conseguir em ti pensar.
Tenho mil poemas que nunca foram lidos,
mas continuo escrevendo por tanto te amar.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

VEJO-TE....

Fecho os olhos, e vejo-te!
Abro os olhos, e vejo-te!
Adormeço, e vejo-te!
Amanheço, e vejo-te!
Respiro, e vejo-te!
Recordo, e vejo-te!
Penso, e vejo-te!
Falo, e vejo-te!
Existo, e vejo-te!
Em tudo te sinto, te vejo,
e ainda mais te desejo.

Vem, calar a saudade

Vem, meu amor, vem até mim...
vem calar esta saudade
Que o meu corpo não aguenta mais,
esta saudade que dói e tortura....
Porque tu em mim és vida, és sonho,
és a minha completa loucura...
Tu és vontade de sorrir, és desejo,
onde quer pernoitar o meu beijo,
quero-te bem perto, a um passo,
ao alcance do meu longo abraço,
porque minhas mãos andam perdidas,
procurando-te em meu espaço.
Os meus olhos já não dormem
ansiosos por te ver voltar,
a minha garganta secou,
de tanto o teu nome gritar.
Vem meu amor,
vem calar esta saudade,
já não suporto mais....
Quero correr pelas praias,
e no imensos areais,
escrever mil vezes teu nome,
e um amo-te gigantesco,
para ser lido pelas estrelas,
para ecoar no universo,
porque tu, sendo o meu mundo,
és meu poema, meu verso.
És um sol que aquece,
um calor que me aconchega,
és um tudo, que me apetece,
és o fim que nunca chega.
És a fonte de água pura,
minha colmeia de mel,
tudo em ti é ternura,
é tão doce a tua pele.
Vem, meu amor,
vem calar esta saudade
que eu sem ti já nada sou....
sem ti nada serei....
pois em mim tudo mudou,
meu corpo reinventei....
Agora é grande a diferença,
entre o que sou e o que era...
Pois só a tua presença,
faz da vida Primavera.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

AMAR AMBÍGUO

Porque será que optam esses loucos amantes,
em seguir e manter esses percursos do amor?
Se hoje riem, parecendo quase delirantes,
e amanhã choram num mar imerso de dor.

É tão estranha e irónica essa ambiguidade,
esse desejo que dizem, lhes dar tanto prazer.
Como é possível sabendo que cada metade,
é um amar a sorrir e um amar a sofrer.

Será certamente um qualquer masoquismo,
delírio temporário de uma breve loucura.
O desejo de ficar tão perto do abismo,
ou roleta de sorte numa qualquer aventura.

A gargalhada que se solta num sorriso feliz,
calada pela lágrima que já corre no rosto.
O desejo de algo que toda a vida se quis,
como se houvesse alegria no profundo desgosto.

Talvez amar não seja compreensível,
seja uma forma de estar, um jeito de ser.
Para os amantes loucos acharem possível,
que sem o amor, nem vale a pena viver.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Se tiver de ser....

Se tiver, de te amar em segredo,
meu amor, não terei medo,
amar-te-ei mesmo assim.....
Se tiver, de te dizer baixinho,
que me sinto sozinho,
quando não estás em mim.

Se tiver, de esconder deste mundo,
este sentimento profundo,
que me invade o peito...
Se tiver, de calar o meu coração,
para viver esta emoção,
encontrarei outro jeito.

Se tiver, de te ter só um dia,
sabendo ser utopia,
querer-te a vida inteira.
Se tiver, de suportar essa dor,
eu viverei este amor,
de outra qualquer maneira.

Se tiver, de fingir que não amo,
quando só por ti eu chamo,
ninguém perceberá.
Se tiver, de te amar às escondidas,
e sem ligar nossas vidas,
meu amor, assim será.

Se tiver, de percorrer todo o mundo,
para te ter um segundo,
eu não me importarei...
Se tiver, de inventar formas de amar-te,
este amor será uma arte,
mas para sempre te amarei.

Arte de te amar

Beijar-te,
Tocar-te,
Abraçar-te,
Acariciar-te,
Desejar-te,
Amar-te,
em ti, tudo o que demais exista,
será arte, eu serei o artista.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Amar-te em teu dormir....

Sei que dormes, meu amor, mas eu acordado,
ai como eu queria estar a ver-te dormir.
Ficar ali, simplesmente, ao teu lado,
Olhando o teu rosto e teu corpo deitado,
na contemplação da beleza que me faz sorrir.

Porque esse rosto é meu e esse corpo também,
são tela de fundo gravada em minha memória.
Hoje, mais do que nunca, eu agora sei,
que és a mulher mais querida que amei,
és o principio sem fim da minha nova história.

Eu quero-te tanto assim, dessa forma que és!
Nesse teu jeito tão querido, de estar e de ser.
Tudo em ti é perfeito, da cabeça aos pés,
que eu tenho por vezes de contar até dez,
para acreditar na verdade do que estou a viver.

Por isso ás vezes tu me perguntas o porquê,
de eu parar te olhando e levemente sorrindo.
É que é tanta coisa querida que em ti se vê,
tantas palavras e frases bonitas que em ti se lê,
que eu nem sei explicar o que fico sentindo.

És mais do que um sonho que eu podia sonhar.
Até ás vezes duvido que sejas verdade.
Eu só sei que agora eu só quero ficar,
para sempre ao teu lado a ver-te acordar,
porque amar-te assim, já é felicidade.


Um breve momento...

Ele chegou, silencioso, quase em segredo,
num momento que ninguém podia esperar.
Qual Primavera, que se anuncia mais cedo,
num dia de Inverno sem o sol a brilhar.

Como se de repente cerejeiras florissem,
pintando os campos com flores de desejos.
Como se nos teus lábios sementes parissem,
cerejas maduras transformadas em beijos.

Foi tão longa a espera por nós desenhada,
um adiar da certeza de um profundo querer.
Num receio infundado de um tudo ou nada,
do que pudesse depois em nós acontecer.

Tantas vezes contido num disfarçado jeito,
de negar a vontade que nossos corpos pediam.
Em doses pequenas de amor a preceito,
desejos de entrega em nós se escondiam.

De nada afinal serviu a fértil imaginação
de dois corpos abraçados junto ao nosso mar.
Porque o tempo não sabe o porquê da razão,
de um desejo contido não saber esperar.

Por isso ele chegou tão inesperadamente,
por entre carícias e tantos abraços trocados.
Num desprender dos conceitos já soltos da mente,
em que as mãos e os gestos já não eram pensados.

E foi longo e calado esse tão breve momento,
de tão rara beleza saciando a fome do desejo.
Que perdura ainda sorrindo em pensamento,
a felicidade sentida no nosso primeiro beijo.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Eu, eu em alma


Eu tenho sede de beber em ti minha pura fonte,
de me saciar farto em meus contidos desejos.
Eu quero deitar o teu corpo em meu horizonte,
onde te pinto nua em nuances claras de beijos.

Eu sonho acordado beijando-te na tua madrugada,
onde me deleito no prazer de te ver em mim dormir.
Eu acordo no teu sono onde em meu peito deitada,
em amor o teu corpo no meu se quis quase fundir.

Eu sou cego delirando em tua visão alucinante,
lendo teu corpo e teus seios no meu suave tacto.
Eu sou nos teus lençóis já frios o suor do amante,
da forma louca e ousada como te amo e te trato.

Eu quero-te em mim como um sol madrugador,
que me aquece a alma que por ti foi tão despida.
Eu serei montanha de neve branca sem o teu calor,
que me derrete em água e que me torna em vida.

Eu não sei respirar se não tiver em mim tua boca,
porque és um grito que sufoca na minha garganta.
Eu te quero tanto e me pareces sempre tão pouca,
na saudade tão curta que a mim me parece tanta.

Eu sou prenúncio de azar sem te ter como sorte,
tu és a prece da oração que me foi prometida.
Eu  sem ti serei sempre uma sombra da morte,
porque só tu és a luz que me anuncia em vida.

Há tudo contigo e nada sem ti

Há um lume, que crepita,
na minha alma aflita,
por não te encontrar...
Há uma boca, com um beijo,
numa espera em desejo,
de tanto querer beijar.

Há um corpo, tão faminto,
perdido num labirinto,
procurando a saída.
Há uns braços, em espera,
que sejas a Primavera,
para abraçar a vida.

Há um olhar, triste e frio,
na solidão de um vazio,
que não te vê chegar.
Há um sonho, inibido,
querendo ser vivido,
nem que seja a sonhar.

Há umas mãos, estendidas,
como pétalas caídas,
de uma rosa em botão.
Há uma árvore, infeliz,
que te precisa em raiz,
como suporte num chão.

Há uma alma, cansada,
no abandono da estrada,
que me leva até ti.
Há um homem, amando,
na espera do quando,
mas se chegas sorri.

Há um céu, estrelado,
onde o meu corpo deitado,
aguarda o teu calor.
Há a vida, em agonia,
pois só tu és a magia,
que lhe pode dar outra cor.

Há a palavra, tão calada,
na boca que não diz nada,
sem te ter para a ouvir.
Há um sabor, de felicidade,
porque só tu de verdade,
me sabes fazer sorrir.

Há um sol, que me esquece,
quando a noite escurece,
e no dia eu te perdi.
Há um tudo, se contigo,
meu conforto, meu abrigo,
mas não há nada sem ti.







O TEU CORPO

O teu corpo é um mar,
onde as minhas mãos são como gaivotas cansadas,
e desesperadas querem poisar.

O teu corpo é um jardim,
onde os meus beijos são como borboletas ao vento,
num momento perfumado de jasmim.

O teu corpo é um deserto,
onde eu caminho perdido em felicidade errante,
louco amante do tudo tão perto.

O teu corpo é um paraíso,
onde o meu suor vai escorrendo quente em tua pele,
loucura que impele meu solto riso.

O teu corpo é uma lua,
onde os meus olhos se perdem nessa tão doce luz,
luar que seduz ao desenhar-te nua.

O teu corpo é um oceano,
onde eu naufrago e fico sem destino e sem rumo,
em homem me assumo quase insano.

O teu corpo é um favo de mel,
onde eu quero ser abelha em constante ir e voltar,
num eterno beijar suave da tua pele.

O teu corpo é um mundo,
onde eu viajo e exploro todo o seu esplendor,
paisagens de amor como pano de fundo.

O teu corpo é a vida,
onde eu me reencontro e me perco e renasço,
meu breve espaço, minha guarida.