Novidade

Brevemente, além de leres poderás ouvir os meus poemas e prosas recitados por mim e com fundo musical.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

.... mais uma hora...

O tempo, não espera por mim!
E eu, também não posso esperar!
É que o tempo corre, mas não tem fim,
mas o meu tempo, vai-se esgotar!

Vou atrasar o relógio desta vida,
Nem que seja por uma só hora.
Para adiar a despedida,
do que quero viver agora!

E nessa hora por mim roubada,
ao tempo que a vida me deu,
Serei o sol da madrugada,
do dia que nunca anoiteceu.

Serei o céu, serei o mar,
serei meu eterno desejo!
Mas uma só hora para amar,
é tão pouco para um beijo.

Oh, vida! Sei que devo partir!
Mas na verdade não sei negar...
Que não sei viver a fingir,
nem fingir que posso ficar.

Sou eterna ambiguidade,
Vivendo, sorrindo com dor!
Procurando na saudade,
uma vida só de amor!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O outro lado do amor

Quem se apaixona, não pode prever
as encruzilhadas de um amor.
E ama feliz, sem querer saber,
se algum dia irá sofrer,
mas amar também é dor.

Vive-se com tal intensidade,
a loucura dessa ilusão,
Que se esquece, nessa ansiedade,
que o amor de verdade,
é muito mais que paixão.

Passa o tempo nessa ansia,
sem valorizar o momento.
E o não se dar importância,
traz cada vez mais distância,
e mais afastamento.


E se se pensa que os filhos,
fortalecem uma união.
Eles são apenas atilhos,
motivos de mais sarilhos,
que prendem a separação.


Porque ao chegar uma criança,
passamos logo a segundo.
E embora traga esperança,
traz também tanta mudança,
ela passa a ser o mundo.

Vem a falta de paciência,
O cansaço que vem depois...
A rotina, a abstinência,
E do amor vem a carência,
por não haver tempos a dois.

E o que era amor verdadeiro,
começa a ser uma prisão.
É o trabalho, é o dinheiro,
e estar com o companheiro,
passa a ser obrigação.

Vem o desejo da aventura,
Procura-se novo porto de abrigo.
Pensando-se fugir da tortura,
entra-se em nova loucura,
maior será o castigo.

E assim tão facilmente,
Se esquece o prometido.
O que era eternamente,
passa a ser de repente,
algo para ser esquecido.

É que amar é uma ciência!
Que deve crescer como a flor!
Se não fôr regada com paciência,
Se não fôr tratada com coerência,
virá "O outro lado do amor".


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O teu perfume...

Tão suave, tão gentil,
esse teu beijo em meu rosto,
assim como carícia,
delícia, que eu gosto,
no meu corpo gelado,
os teus lábios em lume,
e fico enlouquecido,
nesse teu perfume,
que me entontece,
que me prende à tua pele,
onde me apetece,
ser abelha no teu mel,
e ficar assim,
nesse doce cansaço,
no repouso do teu abraço,
que se afaga em mim,
sem hora, sem destino,
sentir-me homem, menino,
nesse terno calor,
onde me aconchego,
à procura de amor,
à procura de ti,
para me sentir mais calmo,
eufórico amante,
que por um breve instante,
se deixa petrificar,
quando o teu corpo macio,
se quer afastar,
e deixar-me ao frio,
na noite vazia,
e até nascer o dia,
procuro por ti,
procuro o teu sorriso,
pois apenas preciso,
acalmar este ciúme,
E voltar a ter teu beijo...
Saciar o meu desejo...
sentir de novo o teu perfume.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Desencanto!



Ah!.... Esta chaga que me arde no peito,
que me trespassa a carne e me incendeia a alma...
e que nem a chuva, escorrendo, a preceito,
não tem jeito, não acalma...
não dá tréguas, nem um só dia...
e a vida, desajeitada agonia
que se desperdiça em mim,
Que me rouba todo o desejo,
que me morre num beijo...
Já não sou ousadia, já não sou amante!
Poeta louco, transtornado, delirante,
dos poemas que a vida me fez!
E o que antes era altivez,
é agora meu caminho errante.
Abro os braços e só encontro vazio,
e abraço o céu, cinzento, frio,
como se em mim se deitasse,
e sabendo-me de malas feitas,
o infinito me esperasse...
Já não sinto o sangue correr nas veias....
Já não sinto quase força para me reerguer...
Sou como um lobo de morte ferido,
que uiva pela noite dentro sem sentido,
pressentindo que vai morrer!
Já não tenho onde guardar mais dores....
Já não sei amar mais amores....
Já não sei, amar mais do que amei,
não posso dar mais do que dei,
sem pedir nada para mim...
Resta-me o orgulho de não ter medo do fim!
Que me perdoem os que magoei!
Porque eu já perdoei ao mundo,
por tudo o que sofri!
Como um cisne, meu último canto,
minha lágrima, meu sorriso, meu desencanto,
Já nada faço aqui!
Parto com meus eternos principios,
meus conceitos, meus valores!
Não vou triste, vou satisfeito,
levo no meu peito os meus amores!
E, se alguém, um dia,
Porventura se lembrar de mim,
Que escrevam em meu epitáfio,
"Homem, poeta, amante, do mundo diferente,
que não se encontrando em si como gente,
preferiu ser coerente até ao fim!"
Não espero de ninguém,
nem lágrimas, nem pranto,
seria cinismo a mais!
Prefiro que honrem a voz do meu canto,
Que respeitem o meu desencanto,
nos meus momentos finais!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Amigos... (Coloridos)????

Sabias tu por acaso,
que a amizade tem várias cores?
Deixa-me então que te diga,
que tenho uma certa amiga,
que anda a pintar seus amores!

Ai sem dúvida que é mais fácil,
colorir uma amizade,
Do que dizer ao coração,
para aceitar uma relação,
sem ser amor de verdade!

Vai-se tirando umas lascas....
Dizendo doutra maneira!
Assim, nem se namora,
porque a moda agora,
é amar de brincadeira!

Tem ainda outra vantagem....
Sempre parece menos mal!
Pode-se até ir para a cama,
porque assim ninguém nos chama,
outros nomes afinal....

São os tempos que estão mudados!
Agora são outros valores!
Procura-se viver momentos,
que se lixe os sentimentos,
e essas coisas de amores.

Procuramos sempre desculpa....
Mesmo sem ter razão....
Se não fossem coloridos,
esses casos escondidos,
que diriamos ao coração?

Assim, é mais fácil aceitar,
o fim, uma rejeição.
Vive-se sempre um sorriso,
livres de compromisso,
e de qualquer relação.

Mas no fundo, creio eu,
que se andam a enganar!
Fingem estar a colorir,
o que não aceitam sentir,
por ter medo de amar!

Chamem-lhe então o seu nome!
Entregas por atracção!
E deixem-se dessas pinturas,
que não passam de loucuras,
para iludir a razão!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Inquietação...

Não consigo,
controlar meu corpo,
talvez inquieto,
sedento do desejo...
Dos pensamentos loucos,
em que te beijo,
em que te abraço,
em que te vejo,
como sendo o meu espaço,
num murmúrio calado,
duma voz ofegante,
dum corpo suado,
de ser tão amante.
Quero-te minha,
horas, sem conta,
e o sol desponta,
no teu madrugar,
quero acordar,
no teu peito macio,
tapar-te o frio,
com meu corpo ardente,
de paixão quente,
fazer-te sentir
o amor que não vês,
e amar-te outra vez,
pelo dia inteiro,
De Dezembro a Janeiro,
entregar-me a ti,
Saciar a loucura,
Beber a ternura,
Descobrir-te por dentro,
explorar-te por fora,
Ser teu Homem,
Aqui, ali, sempre, agora,
E olhar-te sorrindo,
dando-te a mão,
perguntar-te a razão
de estar sentindo
esta inquietação.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

nuances dum sorriso

Existem dias,
em que o sol me traz um sorriso...
Existem sorrisos,
que trazem sol aos meus dias...
e sorrir,
é tantas vezes necessário, e preciso...
Porque o sol,
nem sempre é sinónimo de alegrias...

Um suave sorriso,
pode acalmar a mais forte mágoa...
Um sorriso aberto,
pode fechar-nos o coração...
Um distante sorriso,
pode ver-se reflectido na água...
Um sorriso de perto,
pode bem ser decepção...

Amantes, sorrindo,
podem sentir o êxtase da paixão...
Sorrindo, pedintes,
encontram um puro alento...
Porque um sorriso,
não tem hora, lugar, condição...
Um sorriso apenas tem,
a pureza do sentimento...

Sorri, porque sorrindo,
é bem mais fácil chorar...
Sorrindo, o teu sorriso,
será o teu protector...
Sorri, mas não fingindo,
ele não sabe disfarçar...
ele é filho do puro riso,
antagonia da dor.

Nas nuances do sorriso,
em que me pus a pensar...
Ai, lembrei-me como preciso,
o teu sorriso encontrar!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dá-me tempo!

Por favor, dá-me tempo!
Porque o tempo contigo,
passa bem mais devagar,
e as horas nocturnas
parecem até nem passar,
são como doces quimeras,
com suave cheiro de jasmim,
são como mil Primaveras,
enfeitando um jardim,
E quando em ti me posso deitar
desaparecem de mim os medos
e posso contar pelos dedos,
os anos a passar!

Por favor, dá-me tempo!
Porque o tempo que eu perdi,
tentando te encontrar,
ganhei-o perto de ti,
só por te poder tocar,
Só por ver o teu sorriso,
esse encanto sem tamanho,
Mais tempo ainda preciso,
para sentir que te tenho.
Com tanto amor para dar,
Porque me sinto tão vazio,
sou como as águas de um rio,
que não encontram o mar!

Por favor, dá-me tempo!
Pega no relógio da vida,
e empurra os ponteiros para trás,
para que eu sare essa ferida,
que o próprio tempo me traz,
e por cada segundo que eu viva,
saciar contigo um desejo,
nessa boca que me motiva,
a morrer num eterno beijo,
Porque das mágoas que eu vivi,
Tenho o tempo que desprezo,
É o mesmo tempo que peço,
para ter mais para ti!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Amigos!!!

Ah! Como sou um homem de sorte!
Tenho cada vez mais amigos!
Tantos, tantos, tantos amigos,
que falam sempre comigo,
e são todos os dias mais!
Amigos do peito!
Mas não encontro um jeito,
Se numa lágrima de triste cansaço,
eu precisar de um abraço,
os meus amigos virtuais,
estão sempre indisponíveis,
ocupados a fazer amizades,
numa qualquer rede social.
e de tantos, tantos amigos,
seria bom ter um que fosse real!




Por um beijo....

Por um beijo...
Por um simples beijo teu...
Eu pararia o relógio,
do tempo que me consome,
esqueceria a sede,
esqueceria a fome,
e saciava todo o meu desejo
nesse simples Beijo!
Por um beijo...
Por um simples beijo teu...
Meu sangue correria nas veias,
como cavalo a galope,
num turbilhão de ideias
que até o cérebro entope,
porque mesmo dormindo eu te vejo,
e quase que sinto esse beijo.

Por um beijo...
Por um simples beijo teu...
Não me sentiria perdido,
Sem saber o que fazer,
Já nem faria sentido
estar aqui a escrever,
Seria todo ouvidos
para tua boca a chamar-me
Seria cinco sentidos
para tua boca a beijar-me!