Novidade

Brevemente, além de leres poderás ouvir os meus poemas e prosas recitados por mim e com fundo musical.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Roseira do meu Jardim . . .

Uma linda roseira plantei,
bem no meio do meu jardim!
E como sempre a reguei,
do tanto carinho que lhe lhei,
ela deu-me uma rosa a mim.


Esse botão de rosa a florir,
foi razão do meu viver!
Fez-me chorar, e sorrir,
ver essa rosa a abrir,
foi o melhor que pude ver.


Depois veio a tempestade,
e meu jardim se estragou.
E se não ficou saudade,
digo com toda a verdade,
que só minha rosa se salvou.


Num acesso de paixão,
o meu jardim replantei.
Dei por mim, com emoção,
a cuidar de um novo botão,
da roseira que cuidei.


E foi tão maravilhoso,
ver essa rosa desabrochar...
Fiquei do mais orgulhoso,
e ainda mais vaidoso,
com duas rosas para amar.


Estava o jardim mal cuidado,
A roseira a padecer....
Quando reparei espantado,
num botãozinho encarnado,
mesmo prestes a nascer.


Salvei essa nova rosa,
Mas voltou a morrer meu jardim.
E dessa dor horrorosa,
veio a primavera maravilhosa,
e tinha as três rosas para mim.


Como é de vez, à terceira,
nos ditados que o povo diz...
Voltei a podar a roseira,
jardinei de tal maneira,
que no meu jardim fui feliz.


Da primeira rosa nascida,
um espinho então me picou.
Mas nem por isso essa ferida,
a faz ser menos querida,
Por quem sempre tanto a amou.


Como prémio de jardinagem,
recebi então um presente.
Descobri entre a folhagem,
o fruto da minha coragem,
rosinha botão de gente.


Agora fico encantado,
vendo essa rosinha crescer.
Cuido dela noite e dia,
Esperando a alegria,
da hora em que ela nascer.


Pelas quatro rosas nascidas.
Minha roseira, te agradeço.
São de mim as minhas vidas,
as minhas flores mais queridas,
do jardim que eu nem mereço.


Digam então bem ou mal,
Do jardineiro que eu sou.
Porque falar é fácil afinal,
De quem não teve um roseiral,
nem nunca rosas criou.