Novidade

Brevemente, além de leres poderás ouvir os meus poemas e prosas recitados por mim e com fundo musical.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Em delírio....

O sol, foi-se embora, triste por não te ver.
A lua, perguntou por ti, mas não quer voltar.
As rosas do meu jardim estão a morrer,
Os pássaros que cantavam, estão a chorar.

O riacho de água pura lentamente secou,
deixou de correr a água límpida na fonte.
O trovador cantando meus poemas já se calou,
e o pintor não mais pintou um horizonte.

As estrelas esconderam-se no firmamento,
Os poetas queimaram os livros de poesia.
As árvores despiram-se ao sabor do vento,
E até a noite nunca mais voltou a ser dia.

As gaivotas já não voam mais sobre o mar,
nos campos já não se encontram borboletas.
As aves, que migravam, acabaram por ficar,
as paisagens ficaram tristes, cinzentas, obsoletas.

A criança que brincava, não mais sorriu,
Os perfumes deixaram de cheirar a flores.
O comboio, na estação, parado, não partiu,
os amantes repudiaram os seus amores.

E quando a vida parecia quase desaparecer,
e até o mundo parecia chegar ao fim.
Pensando em ti, comecei então a perceber
que a causa era essa tua ausência em mim.

Porque só tu me fazes ter um sorriso.
Tu és a vida, és o amor, és a minha luz.
Tu simplesmente, és tudo o que mais preciso,
és a mão que seguro e pela vida me conduz.

Quero voltar a ter de novo em ti o meu espaço,
os teus beijos, o teu carinho, quando eu chego.
Quero calar-me e enroscar-me no teu abraço,
pois só sou feliz dentro do teu aconchego.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Minha Rainha

Este poema, é o meu grito!
É penitência aos meus pecados!
Sou eu, em oração, aflito,
pedindo ao meu Deus Bendito,
que não nos deixe tão afastados.

Já antes, eu estendia meus braços,
e não te conseguia abraçar.
Agora, mesmo que dê mil passos,
eles serão sempre escassos,
para te poder alcançar.

O meu corpo está tão doente,
o meu cérebro parece insano.
Como posso ficar contente,
se afinal entre a gente,
existe um longo oceano....

Quando me apetece, não te vejo,
não te tenho quando te quero.
Não sei esconder meu desejo,
de voltar a ter o teu beijo,
enquanto aqui eu te espero.

É como se sem ouvir tua voz,
o mundo inteiro se calasse.
Ai que silêncio tão atroz,
como se uma parte de nós,
partisse e não mais voltasse.

Quero calar esta solidão,
e voltar a sentir-te minha.
Tu és o que me dás razão,
és dona de meu coração,
e da vida a minha rainha.

Tu és...

Tu que eras a minha flor,
és hoje todo o meu jardim.
Tu és o meu grande amor,
tu és tudo para mim.

Tu és a pura felicidade,
que me faz ser doutro jeito.
Tu és a dolorosa saudade,
que corrói dentro do peito.

Tu és a linda fantasia,
que um dia ousei sonhar.
Tu és a maior alegria,
Que Deus me poderia dar.

Tu és a mulher mais querida,
que algum dia conheci.
Tu és o sol da minha vida,
na tua luz eu renasci.

Tu és tudo o que eu sonhei,
mais do que sempre quis.
Tu és o que eu tanto desejei,
só tu me fazes tão feliz.

Tu és nessa tua ausência,
a minha dor o meu tormento.
Tu és a força da paciência,
que alimenta meu pensamento.

Tu és a mais incrível mulher,
sorte a minha por encontrar-te.
Tu és tudo o que meu corpo quer,
viverei apenas para amar-te.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O que tenho.... sem te ter....

Tenho os meus olhos no horizonte perdidos,
na espera tão saudosa de te ver voltar.
Tenho os meus braços no céu estendidos,
na vontade tão louca de te poder abraçar.
Tenho os meus lábios já secos e feridos,
sedentos que os teus me venham beijar.
Tenho a minha voz em gritos escondidos,
quando só já o teu nome eu consigo falar.
Tenho as minhas mãos em gestos esquecidos,
procurando na noite tuas mãos segurar.
Tenho os meus dedos cansados doridos,
esperando a tua pele suave para poder tocar.
Tenho o silêncio calado nos meus ouvidos,
quando a tua voz eu não consigo escutar.
Tenho os meus passos tão indefinidos,
sem saber o caminho para até ti chegar.
Tenho o meu corpo aguardando em gemidos,
o prazer que só o teu corpo me sabe dar.
Tenho o pensamento em desejos vencidos,
por apenas conseguir em ti pensar.
Tenho mil poemas que nunca foram lidos,
mas continuo escrevendo por tanto te amar.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

VEJO-TE....

Fecho os olhos, e vejo-te!
Abro os olhos, e vejo-te!
Adormeço, e vejo-te!
Amanheço, e vejo-te!
Respiro, e vejo-te!
Recordo, e vejo-te!
Penso, e vejo-te!
Falo, e vejo-te!
Existo, e vejo-te!
Em tudo te sinto, te vejo,
e ainda mais te desejo.

Vem, calar a saudade

Vem, meu amor, vem até mim...
vem calar esta saudade
Que o meu corpo não aguenta mais,
esta saudade que dói e tortura....
Porque tu em mim és vida, és sonho,
és a minha completa loucura...
Tu és vontade de sorrir, és desejo,
onde quer pernoitar o meu beijo,
quero-te bem perto, a um passo,
ao alcance do meu longo abraço,
porque minhas mãos andam perdidas,
procurando-te em meu espaço.
Os meus olhos já não dormem
ansiosos por te ver voltar,
a minha garganta secou,
de tanto o teu nome gritar.
Vem meu amor,
vem calar esta saudade,
já não suporto mais....
Quero correr pelas praias,
e no imensos areais,
escrever mil vezes teu nome,
e um amo-te gigantesco,
para ser lido pelas estrelas,
para ecoar no universo,
porque tu, sendo o meu mundo,
és meu poema, meu verso.
És um sol que aquece,
um calor que me aconchega,
és um tudo, que me apetece,
és o fim que nunca chega.
És a fonte de água pura,
minha colmeia de mel,
tudo em ti é ternura,
é tão doce a tua pele.
Vem, meu amor,
vem calar esta saudade
que eu sem ti já nada sou....
sem ti nada serei....
pois em mim tudo mudou,
meu corpo reinventei....
Agora é grande a diferença,
entre o que sou e o que era...
Pois só a tua presença,
faz da vida Primavera.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

AMAR AMBÍGUO

Porque será que optam esses loucos amantes,
em seguir e manter esses percursos do amor?
Se hoje riem, parecendo quase delirantes,
e amanhã choram num mar imerso de dor.

É tão estranha e irónica essa ambiguidade,
esse desejo que dizem, lhes dar tanto prazer.
Como é possível sabendo que cada metade,
é um amar a sorrir e um amar a sofrer.

Será certamente um qualquer masoquismo,
delírio temporário de uma breve loucura.
O desejo de ficar tão perto do abismo,
ou roleta de sorte numa qualquer aventura.

A gargalhada que se solta num sorriso feliz,
calada pela lágrima que já corre no rosto.
O desejo de algo que toda a vida se quis,
como se houvesse alegria no profundo desgosto.

Talvez amar não seja compreensível,
seja uma forma de estar, um jeito de ser.
Para os amantes loucos acharem possível,
que sem o amor, nem vale a pena viver.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Se tiver de ser....

Se tiver, de te amar em segredo,
meu amor, não terei medo,
amar-te-ei mesmo assim.....
Se tiver, de te dizer baixinho,
que me sinto sozinho,
quando não estás em mim.

Se tiver, de esconder deste mundo,
este sentimento profundo,
que me invade o peito...
Se tiver, de calar o meu coração,
para viver esta emoção,
encontrarei outro jeito.

Se tiver, de te ter só um dia,
sabendo ser utopia,
querer-te a vida inteira.
Se tiver, de suportar essa dor,
eu viverei este amor,
de outra qualquer maneira.

Se tiver, de fingir que não amo,
quando só por ti eu chamo,
ninguém perceberá.
Se tiver, de te amar às escondidas,
e sem ligar nossas vidas,
meu amor, assim será.

Se tiver, de percorrer todo o mundo,
para te ter um segundo,
eu não me importarei...
Se tiver, de inventar formas de amar-te,
este amor será uma arte,
mas para sempre te amarei.

Arte de te amar

Beijar-te,
Tocar-te,
Abraçar-te,
Acariciar-te,
Desejar-te,
Amar-te,
em ti, tudo o que demais exista,
será arte, eu serei o artista.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Amar-te em teu dormir....

Sei que dormes, meu amor, mas eu acordado,
ai como eu queria estar a ver-te dormir.
Ficar ali, simplesmente, ao teu lado,
Olhando o teu rosto e teu corpo deitado,
na contemplação da beleza que me faz sorrir.

Porque esse rosto é meu e esse corpo também,
são tela de fundo gravada em minha memória.
Hoje, mais do que nunca, eu agora sei,
que és a mulher mais querida que amei,
és o principio sem fim da minha nova história.

Eu quero-te tanto assim, dessa forma que és!
Nesse teu jeito tão querido, de estar e de ser.
Tudo em ti é perfeito, da cabeça aos pés,
que eu tenho por vezes de contar até dez,
para acreditar na verdade do que estou a viver.

Por isso ás vezes tu me perguntas o porquê,
de eu parar te olhando e levemente sorrindo.
É que é tanta coisa querida que em ti se vê,
tantas palavras e frases bonitas que em ti se lê,
que eu nem sei explicar o que fico sentindo.

És mais do que um sonho que eu podia sonhar.
Até ás vezes duvido que sejas verdade.
Eu só sei que agora eu só quero ficar,
para sempre ao teu lado a ver-te acordar,
porque amar-te assim, já é felicidade.


Um breve momento...

Ele chegou, silencioso, quase em segredo,
num momento que ninguém podia esperar.
Qual Primavera, que se anuncia mais cedo,
num dia de Inverno sem o sol a brilhar.

Como se de repente cerejeiras florissem,
pintando os campos com flores de desejos.
Como se nos teus lábios sementes parissem,
cerejas maduras transformadas em beijos.

Foi tão longa a espera por nós desenhada,
um adiar da certeza de um profundo querer.
Num receio infundado de um tudo ou nada,
do que pudesse depois em nós acontecer.

Tantas vezes contido num disfarçado jeito,
de negar a vontade que nossos corpos pediam.
Em doses pequenas de amor a preceito,
desejos de entrega em nós se escondiam.

De nada afinal serviu a fértil imaginação
de dois corpos abraçados junto ao nosso mar.
Porque o tempo não sabe o porquê da razão,
de um desejo contido não saber esperar.

Por isso ele chegou tão inesperadamente,
por entre carícias e tantos abraços trocados.
Num desprender dos conceitos já soltos da mente,
em que as mãos e os gestos já não eram pensados.

E foi longo e calado esse tão breve momento,
de tão rara beleza saciando a fome do desejo.
Que perdura ainda sorrindo em pensamento,
a felicidade sentida no nosso primeiro beijo.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Eu, eu em alma


Eu tenho sede de beber em ti minha pura fonte,
de me saciar farto em meus contidos desejos.
Eu quero deitar o teu corpo em meu horizonte,
onde te pinto nua em nuances claras de beijos.

Eu sonho acordado beijando-te na tua madrugada,
onde me deleito no prazer de te ver em mim dormir.
Eu acordo no teu sono onde em meu peito deitada,
em amor o teu corpo no meu se quis quase fundir.

Eu sou cego delirando em tua visão alucinante,
lendo teu corpo e teus seios no meu suave tacto.
Eu sou nos teus lençóis já frios o suor do amante,
da forma louca e ousada como te amo e te trato.

Eu quero-te em mim como um sol madrugador,
que me aquece a alma que por ti foi tão despida.
Eu serei montanha de neve branca sem o teu calor,
que me derrete em água e que me torna em vida.

Eu não sei respirar se não tiver em mim tua boca,
porque és um grito que sufoca na minha garganta.
Eu te quero tanto e me pareces sempre tão pouca,
na saudade tão curta que a mim me parece tanta.

Eu sou prenúncio de azar sem te ter como sorte,
tu és a prece da oração que me foi prometida.
Eu  sem ti serei sempre uma sombra da morte,
porque só tu és a luz que me anuncia em vida.

Há tudo contigo e nada sem ti

Há um lume, que crepita,
na minha alma aflita,
por não te encontrar...
Há uma boca, com um beijo,
numa espera em desejo,
de tanto querer beijar.

Há um corpo, tão faminto,
perdido num labirinto,
procurando a saída.
Há uns braços, em espera,
que sejas a Primavera,
para abraçar a vida.

Há um olhar, triste e frio,
na solidão de um vazio,
que não te vê chegar.
Há um sonho, inibido,
querendo ser vivido,
nem que seja a sonhar.

Há umas mãos, estendidas,
como pétalas caídas,
de uma rosa em botão.
Há uma árvore, infeliz,
que te precisa em raiz,
como suporte num chão.

Há uma alma, cansada,
no abandono da estrada,
que me leva até ti.
Há um homem, amando,
na espera do quando,
mas se chegas sorri.

Há um céu, estrelado,
onde o meu corpo deitado,
aguarda o teu calor.
Há a vida, em agonia,
pois só tu és a magia,
que lhe pode dar outra cor.

Há a palavra, tão calada,
na boca que não diz nada,
sem te ter para a ouvir.
Há um sabor, de felicidade,
porque só tu de verdade,
me sabes fazer sorrir.

Há um sol, que me esquece,
quando a noite escurece,
e no dia eu te perdi.
Há um tudo, se contigo,
meu conforto, meu abrigo,
mas não há nada sem ti.







O TEU CORPO

O teu corpo é um mar,
onde as minhas mãos são como gaivotas cansadas,
e desesperadas querem poisar.

O teu corpo é um jardim,
onde os meus beijos são como borboletas ao vento,
num momento perfumado de jasmim.

O teu corpo é um deserto,
onde eu caminho perdido em felicidade errante,
louco amante do tudo tão perto.

O teu corpo é um paraíso,
onde o meu suor vai escorrendo quente em tua pele,
loucura que impele meu solto riso.

O teu corpo é uma lua,
onde os meus olhos se perdem nessa tão doce luz,
luar que seduz ao desenhar-te nua.

O teu corpo é um oceano,
onde eu naufrago e fico sem destino e sem rumo,
em homem me assumo quase insano.

O teu corpo é um favo de mel,
onde eu quero ser abelha em constante ir e voltar,
num eterno beijar suave da tua pele.

O teu corpo é um mundo,
onde eu viajo e exploro todo o seu esplendor,
paisagens de amor como pano de fundo.

O teu corpo é a vida,
onde eu me reencontro e me perco e renasço,
meu breve espaço, minha guarida.