Novidade

Brevemente, além de leres poderás ouvir os meus poemas e prosas recitados por mim e com fundo musical.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Se é por amor...

Se é por amor... vai!
Larga tudo e vai!
Porque o relógio não para
e a vida não espera por ti
Porque o amor é coisa rara
que dá vida e mata
que chora e que sorri
Porque se não fores,
com coragem,
Jamais conhecerás
o destino dessa viagem.

Se é por amor... corre!
Faz as malas e corre!
Porque o comboio não espera
que te decidas a correr,
Porque a vida é uma fera
é ainda bem mais bera
para quem tem medo de viver.
Porque se não correres,
então nunca saberás,
nesse risco de viveres,
o que a vida te traz.

Se é por amor... chora!
No teu silêncio chora!
Porque só o amor verdadeiro,
pode fazer-te chorar,
Porque o amor só é inteiro
mesmo que passageiro
na dor que não sabes calar.
Porque as lágrimas retidas
É dor que nunca acalma
Serão eternas feridas
a rasgar-te o corpo e a alma.

Se é por amor... muda!
Olha-te no espelho e muda.
Porque só o amor ensina
o que não se quer aprender.
Porque mudar é uma sina
que a vida nos destina
mesmo sem querermos ceder.
Porque o medo da mudança
é pior do que sofrer
é um viver sem esperança
na apatia de um ser.

Se é por amor... arrisca!
Experimenta e arrisca!
Porque não é pecado sonhar
nas asas da ilusão
Porque a vida é para ousar,
sem termos de nos guiar
sempre na voz da razão.
Porque o tempo escasseia
Ele voa como o vento.
Vai-se a vida e volta e meia
só fica arrependimento.

Se é por amor... enlouquece!
Faz tudo e enlouquece!
Porque não há melhor loucura
do que a vivida por amor.
Porque o sabor da aventura,
de abraçar a ternura
apazigua qualquer dor.
Porque só é mesmo louco
quem à solidão se condena.
Se for por amor, tudo é pouco.
Mas se não fôr por amor, não vale a pena.




terça-feira, 12 de março de 2019

O mais simples poema de amor

O mais simples poema de amor
Não tem frases, nem palavras.
Não se pode ler, nem declamar...
Ele cabe no brilho do teu sorriso.,
É o tanto e o tão pouco que preciso
Na inexplicável sensação ao te olhar
Mas assim me julgo poeta
Nesta forma louca de te amar.

segunda-feira, 11 de março de 2019

Pré Obituário

Quando eu morrer, que dirão de mim?
Alguns, talvez poucos,
lembrar-se-ão de como amei,
dos meus princípios, dos meus valores,
dos meus choros, dos meus sorrisos,
das minhas lutas, das minhas dores,
dos meus verdadeiros amores...
Outros, talvez muitos,
falarão do que não entenderam,
dos passos que eu dei desbravando vida,
criticarão o que não perceberam,
Julgar-me-ão certamente também,
por algum erro que cometi,
e não por tudo que fiz de bem,
falarão daquilo que viram,
e não da verdade que de mim ouviram.
Mas, para ser sincero,
nada disso me importa...
Quando a morte me bater à porta,
que cada um julgue o que quiser...
Que não chorem aqueles
que nem sequer se importaram
com o que em vivo eu senti.
Que não tragam flores aqueles
que nunca souberam que sementes plantei,
quais árvores cuidei, que plantas cheirei...
Que não venham de negro vestidos,
de ar triste e imensamente sofridos,
para se despedirem de mim
aqueles que nem nunca souberam
as vezes que estive tão perto do fim.
Porque tudo isso me revolta,
a hipocrisia fácil e banal,
por isso a todos esses, por favor,
não vão ao meu funeral.
Sejam, pelo menos uma vez,
e pela ultima vez, sinceros comigo.
Ao meu lado, quererei apenas,
aqueles que algum dia, de alguma forma,
se sentiram amados por mim.
Mesmo que não me tivessem amado...
Porque fazem parte do que fui,
São um pedaço de mim.
E a esses, eu peço, que celebrem a vida,
na hora da minha morte,
que se lembrem apenas que ali estão,
porque o amor é o mais forte.
Que tragam música, poesia,
ilusão, fantasia,
que se abracem em festa,
e que levem para o resto das vossas vidas,
esse gesto de amor que eu em vida deixei em vós.
Que entendam o amor....
Que não tenham medo da verdade...
Ficarão esses certamente com saudade,
com a mesma saudade que eu já sinto antes de partir.
Mas, como sempre tenho dito,
só morrerei definitivamente,
quando morrer a última pessoa que se lembre de mim...
Continuarei vivo naqueles que me amam...
Não sei quanto tempo tenho...
Quanto tempo terei...
Não sei da vida o tamanho,
nem se poderei ainda dar felicidade a alguém
Consciente de que o que me sobra
é certamente muito menos do que já vivi
E é pena, pois sinto-me cada vez mais sábio,
mais apto para viver...
Mas não há nada a fazer.
Lembrem-se por favor,
que para mim sempre foi,
e será sempre pouco necessário...
Apenas amor,
E no meu obituário
se quiserem identificar quem eu sou...
Escrevam apenas, e tão só...
Aqui Jaz, um homem que amou...