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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Adeus, passado.

Que me deixem ser livre, que me deixem gritar,
que me deixem voar nas asas da minha razão.
A esse homem que eu fui, eu já não quero voltar,
Quero pegar nos meus sonhos, e de novo sonhar,
conquistar horizontes da minha imaginação.

Já não quero estar preso, num viver tão cinzento,
quero libertar em mim esta vontade louca de ser.
Esse homem triste, tão calado, em sofrimento,
ficará escondido, guardado no pensamento,
porque agora outro homem, em mim quer viver.

Não me façam perguntas, desta minha mudança,
o que me diz respeito, só a mim me importa.
Vivi tempestades, hoje eu vivo a bonança,
encontrei de novo em mim a esperança,
pois duma janela fechada eu abri uma porta.

Há coisas estranhas que o destino nos traz,
Há até improváveis que se tornam verdades.
Por isso de nada serve eu ficar olhando pra trás,
se no fundo eu apenas tenho de ser capaz,
de definir em mim as minhas ambiguidades.

Foram tantos os anos em minha vida sofridos,
desejos silenciados duma espera da morte.
Do passado fico apenas com os filhos paridos,
e com as boas lembranças de momentos vividos,
parto pró resto da vida, buscando outra sorte.

E se porventura no futuro eu chorar novamente,
que essas lágrimas sejam da mais pura alegria.
Porque há pessoas que entram na vida da gente,
que nos lêem a alma, e transformam a mente,
e conseguem em nós uma verdadeira magia.

Estou de malas feitas,  já posso então partir.
Despeço-me do passado, do homem que fui outrora.
Existem novos caminhos que eu quero seguir,
e se eu tiver de morrer, então que seja a sorrir,
porque não mais deixarei de ser quem sou agora.

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