Novidade

Brevemente, além de leres poderás ouvir os meus poemas e prosas recitados por mim e com fundo musical.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

PERMISSÃO

Permite-me...

Permite-me roubar-te uns momentos

para que me possas ler ou ouvir.

Falando-te dos meus sentimentos,

do meu chorar, do meu sorrir,

explicando-te os meus tormentos,

e tudo o que estou a sentir.

Permite-me que eu tente,

chegar ao teu coração.

Mas para isso te peço, 

Permissão.


Permite-me...

Permite-me dar-te um conselho,

porque é do pouco que posso dar.

Porque já caminho para velho,

e foram muitos anos a pensar.

Mas quando em frente ao espelho,

não me consigo encontrar.

Permite-me esta ousadia,

de querer chamar-te à razão.

Mas para isso te peço,

Permissão.


Permite-me...

Permite-me que seja um intruso,

desvendando o teu ser.

Neste jeito que eu sempre uso,

de te tentar compreender.

De transformar o que é confuso,

Em algo simples de dizer.

Permite-me olhar-te nos olhos,

e ler a tua expressão.

Mas para isso te peço,

Permissão.


Permite-me...

Permite-me ficar de mão dada

fazer de ti meu fiel abrigo.

Pois tenho minha vida contada,

para poder estar contigo.

Se não puder dar-te nada,

fica com tudo o que eu digo.

Permite-me morrer em teu peito,

ouvindo o teu coração.

Mas para isso te peço,

Permissão.


Permite-me...

Permite-me que sejas o que resta,

neste meu breve morrer.

Porque eu morrerei em festa,

enquanto em ti eu viver.

Porque de mim o que presta,

foi o que dei para te ter.

Permite-me ser eternamente,

luz da tua escuridão.

Mas para isso te peço,

Permissão.


Permite-me...

Permite-me que a tua presença,

seja o ar que ainda respiro.

Que amar-te não seja ofensa,

mesmo quando me retiro.

Porque querer-te é uma doença,

onde me delicio e me firo.

Permite-me que adormeça,

na palma da tua mão.

Mas para isso te peço,

Permissão.


Permite-me...

Permite-me que cante ainda,

canções que não te cantei.

Porque esta paixão não finda,

nos versos onde te amei.

Como minha princesa linda,

que com meu amor coroei.

Permite-me levar-te na alma,

aos confins da minha solidão.

Mas para isso te peço,

Permissão.


Permite-me...

Permite-me um último olhar,

e um beijo de despedida.

Para que possa no além recordar,

que foste minha essência de vida.

Por isso não te quero a chorar,

na hora da minha partida.

Permite-me ser feliz memória,

a tua mais doce e maior paixão.

Mas para isso te peço,

Permissão.

Sem comentários:

Enviar um comentário