Permite-me...
Permite-me roubar-te uns momentos
para que me possas ler ou ouvir.
Falando-te dos meus sentimentos,
do meu chorar, do meu sorrir,
explicando-te os meus tormentos,
e tudo o que estou a sentir.
Permite-me que eu tente,
chegar ao teu coração.
Mas para isso te peço,
Permissão.
Permite-me...
Permite-me dar-te um conselho,
porque é do pouco que posso dar.
Porque já caminho para velho,
e foram muitos anos a pensar.
Mas quando em frente ao espelho,
não me consigo encontrar.
Permite-me esta ousadia,
de querer chamar-te à razão.
Mas para isso te peço,
Permissão.
Permite-me...
Permite-me que seja um intruso,
desvendando o teu ser.
Neste jeito que eu sempre uso,
de te tentar compreender.
De transformar o que é confuso,
Em algo simples de dizer.
Permite-me olhar-te nos olhos,
e ler a tua expressão.
Mas para isso te peço,
Permissão.
Permite-me...
Permite-me ficar de mão dada
fazer de ti meu fiel abrigo.
Pois tenho minha vida contada,
para poder estar contigo.
Se não puder dar-te nada,
fica com tudo o que eu digo.
Permite-me morrer em teu peito,
ouvindo o teu coração.
Mas para isso te peço,
Permissão.
Permite-me...
Permite-me que sejas o que resta,
neste meu breve morrer.
Porque eu morrerei em festa,
enquanto em ti eu viver.
Porque de mim o que presta,
foi o que dei para te ter.
Permite-me ser eternamente,
luz da tua escuridão.
Mas para isso te peço,
Permissão.
Permite-me...
Permite-me que a tua presença,
seja o ar que ainda respiro.
Que amar-te não seja ofensa,
mesmo quando me retiro.
Porque querer-te é uma doença,
onde me delicio e me firo.
Permite-me que adormeça,
na palma da tua mão.
Mas para isso te peço,
Permissão.
Permite-me...
Permite-me que cante ainda,
canções que não te cantei.
Porque esta paixão não finda,
nos versos onde te amei.
Como minha princesa linda,
que com meu amor coroei.
Permite-me levar-te na alma,
aos confins da minha solidão.
Mas para isso te peço,
Permissão.
Permite-me...
Permite-me um último olhar,
e um beijo de despedida.
Para que possa no além recordar,
que foste minha essência de vida.
Por isso não te quero a chorar,
na hora da minha partida.
Permite-me ser feliz memória,
a tua mais doce e maior paixão.
Mas para isso te peço,
Permissão.
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