A Rita, era tão bonita,
punha no cabelo uma fita,
vestia um vestido rodado,
bem bonito, encarnado.
E num jeito bem airoso,
punha um perfume cheiroso,
apenas para ir brincar.
Ninguém lhe podia tocar!
Não a fossem amarrotar,
Nem um casaco vestiu,
para o vestido mostrar...
Preferia passar frio,
andava a tiritar.
Estava constantemente,
a arranjar o cabelo...
A Rita tinha a mania,
de que ía ser modelo,
ser famosa, manequim,
E andava pelo jardim
como se fosse a desfilar.
Mas as amigas estavam fartas,
e não queriam mais brincar.
Já não tinham paciência
para a ouvir falar.
Mas a Rita, tão bonita,
ajeitava a sua fita
sacudia os cabelos no ar.
Mas o problema da Rita,
por saber que era bonita,
não se preocupava em estudar.
E assim a Rita cresceu
nada de jeito aprendeu
e nem se conseguiu formar.
Vivia só de vaidade,
e naquela ansiedade,
de ser capa de revista.
Mas o tempo foi passando,
E a Rita ficou chorando,
por não ter qualquer conquista.
Um dia por acaso encontrou,
as amigas com que brincou,
e com as quais ela gozava.
A Lorena era já doutora,
e a Inês uma senhora,
que numa empresa mandava.
Gostavam de viajar,
conhecer outros países,
eram mulheres felizes,
Com vidas bem interessantes.
Já a Rita, vivia aflita,
continuava a usar a fita,
Mas não era bonita como antes.
Pois de nada lhe serviu,
viver apenas prá vaidade.
O futuro, foi aquilo que se viu
a beleza com os anos partiu,
e ficou a realidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário